Peatlands Around the World

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Mais de 180 países abrigam um tipo especial de zona úmida chamada turfeira, 

onde o solo é repleto de uma substância chamada turfa. 

Hoje exploraremos somente alguns desses misteriosos ecossistemas para entender o que os torna tão únicos –  

e porque protegê-los deveria estar no topo de nossa lista de prioridades. 

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Bem-vindo(a) à Jornada das Turfeiras, {NAME}! 

Sua primeira pergunta provavelmente é, 

o que é “turfa”? 

Turfa é matéria orgânica em decomposição – plantas mortas que ainda não apodreceram completamente – 

e estão presentes em abundância nas turfeiras. 

A turfa ajuda a formar complexos e prósperos ecossistemas que, às vezes, também são chamados de brejos e pântanos. 

Esses ecossistemas desempenham um papel singular na regulação do nosso clima, armazenando duas vezes mais carbono que todas as florestas do mundo juntas! 

Mas as turfeiras não armazenam somente carbono. 

Vamos explorar o que torna essas turfeiras tão diversificadas e únicas. 

Escolha uma localização no mapa clicando no pino. 

Se você visitar 4 ou mais turfeiras, irá desbloquear um prêmio! 

Escolha sua primeira localização. 

IR!

Bem-vindo(a) às turfeiras de Moscou, Rússia! 

Aproximadamente 8% da Rússia é coberta por turfeiras. 

Esses ecossistemas vitais abrigam uma deslumbrante variedade de plantas e animais. Dentre os habitantes mais espetaculares estão inúmeros pássaros. 

No final da época de reprodução, a população de cisnes, patos, gansos e galinhas d’água chega a 90 milhões de indivíduos! 

O Ártico em chamas 

Quando você pensa na região da Sibéria na Rússia, provavelmente imagina ventos frios e montanhas cobertas de neve – e não calor e fogo.Mas as turfeiras siberianas viraram manchete em 2020 ao serem devastadas por uma onda de calor na região que emitiu uma névoa tóxica. Esta névoa, por sua vez, poderia agravar os sintomas de COVID e de outras doenças respiratórias. 

NASA

Preso num ciclo: 

Você já ouviu falar em ciclo de reações? 

Podemos ver um exemplo se desenvolvendo nas turfeiras da Rússia neste exato momento. 

Quando as turfeiras são drenadas e queimadas, para conversão agrícola ou silvicultura, todo o carbono armazenado é liberado na atmosfera, contribuindo para o aquecimento global. E, como sabemos, condições mais quentes e secas elevam a ocorrência de incêndios que podem danificar ainda mais as turfeiras – e o ciclo se repete. 

Ciclos de reações como este nos mostram porque é importante adotar uma abordagem holística para a conservação – proteger não apenas espécies individuais ou mesmo ecossistemas isolados, mas toda a biodiversidade e os recursos naturais do planeta. 

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Bem-vindo(a) às Turfeiras da Indonésia! 

As turfeiras podem ser encontradas por toda a Indonésia. Além disso, pode-se dizer que são mais vulneráveis à destruição humana que quaisquer outras turfeiras no mundo. Em 2015, a Indonésia enfrentou um dos piores incêndios de turfas da história. No entanto, apesar de os impactos do incêndio serem sentidos até hoje, o país está se esforçando para evitar futuras queimadas e restaurar as turfeiras degradadas. 

Conexão com o chocolate 

Parte do que põe em risco as turfeiras indonésias pode estar na sua despensa. Elas são drenadas e convertidas em óleo de palma, que é utilizado para produzir uma variedade de produtos comuns, como barras de chocolate. Embora sempre haja coisas novas para aprender sobre as turfeiras, o que permanece constante é a necessidade de usar nossas vozes para defender uma gestão mais sustentável e sua proteção. E isso inclui buscar produtos de origem sustentável e livres de óleo de palma não sustentável. 

A pressa para restaurar 

Atualmente, a Indonésia está embarcando num grande projeto de restauração de turfeiras, com o objetivo de restaurar 1.000.000 hectares até o final de 2020. O país está adotando a capacidade tecnológica para auxiliar no projeto e utilizando dados coletados para monitorar incêndios de turfa e rastrear o progresso da restauração. 

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Bem-vindo(a) ao Complexo de Turfeiras da Bacia do Congo! 

Aqui, estendendo-se pela República Democrática do Congo e pela República do Congo, está o complexo de turfeiras Cuvette Centrale. Apenas recentemente foi descoberto que essas turfeiras provavelmente constituem a maior área de turfa tropical do mundo! 

Essas turfeiras intocadas contêm mais de 30 gigatoneladas de carbono – o que é equivalente a mais de 15 anos de emissões de dióxido de carbono dos Estados Unidos e semelhante ao estoque de carbono acima do solo de todas as florestas da Bacia do Congo. 

WCS

Espécie em destaque

Esse animal adorável e quase humano é um Bonobo, uma espécie ousada e teimosa que está atualmente ameaçada de extinção. 

PRÓXIMO
WCS

Bem-vindo(a) ao Pântano Ballynahone! 

Repleta de espécies raras, cativantes e responsáveis por ajudar a regular o clima e as inundações, essa turfeira é um ‘tesouro escondido’ dos serviços ecossistêmicos. 

Ben Hall

Espécie em destaque

Brilha por todo o Pântano de Ballynahone uma espécie de musgo chamada Sphagnum pulchrum, ou, para aqueles que não conseguem pronunciá-la, musgo dourado do pântano. Essa impressionante espécie pode ser facilmente reconhecida, mas, devido a sua raridade, você provavelmente não irá localizá-la. Musgos Sphagnum como este são máquinas superpotentes de captura de carbono. E, com sua fisiologia única, são capazes de conter de 16 a 26 vezes seu peso na água. Além de limpar e armazenar água e carbono, ajudam a manter o solo saudável, o que é essencial para o crescimento da vegetação que abastece o resto da cadeia alimentar. Não é à toa que o chamam de dourado! 

Tina Claffey

Modelo exemplar

Não fique tão animado(a) em procurar o musgo dourado. O Pântano Ballynahone é uma área de conservação que não permite acesso ao público. Embora possa parecer algo rigoroso, esse tipo de medida ajuda a preservar habitats particularmente delicados. Com isso, as gerações futuras continuarão desfrutando de seus benefícios. 

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Tina Claffey

Bem-vindo(a) às turfeiras do Brasil! 

Apesar de a Indonésia ser o local mais famoso quando o assunto é turfeira, o Brasil pode de fato ser o líder mundial em áreas de turfeiras tropicais, com grande parte dela ocorrendo na Bacia Amazônica. 

Trabalhando em conjunto 

Além das turfeiras no Brasil possuírem benefícios únicos, são cruciais para preservar a biodiversidade nas florestas tropicais vizinhas. Quando uma turfeira é queimada, o fogo cria uma nevoa tóxica que pode se espalhar pelas florestas próximas. Cientistas descobriram que a bioacústica – a tagarelice animal – é menor em florestas afetadas pela névoa tóxica dos incêndios da turfa. E, embora você possa pensar que a natureza é valorizada por sua paz e sossego, o silêncio no mundo animal nem sempre é uma coisa boa! A bioacústica é uma forma de verificar se um ecossistema está ativo e saudável. 

PRÓXIMO

PARABÉNS, {NAME}! 

Você visitou algumas das diversas turfeiras do mundo e viu em primeira mão como elas sustentam a vida selvagem e as comunidades humanas. 

#SelvagemPelaVida está recompensando pessoas exploradoras como você com a chance de ganhar um vídeo de sua celebridade campeã favorita. 

Digite seu endereço de e-mail para concorrer e informe abaixo de qual celebridade você gostaria de receber uma mensagem! 

Após inserir suas informações, volte ao mapa e visite mais locais. 

Você também pode conferir a página #SelvagemPelaVida para saber mais sobre as turfeiras. 




Ben Hall

Bem-vindo(a) às turfeiras da Inglaterra! 

Muitas das turfeiras da Inglaterra eram locais simbólicos e valiosos para rituais culturais. Hoje, a maioria foi drenada para virar pasto e agricultura. Apesar dos danos, esses ecossistemas ainda abrigam vida selvagem e realizam serviços naturais que beneficiam os seres humanos. 

Você sabia? 

Florestas tropicais são frequentemente consideradas as maiores armazenadoras de carbono do mundo. Mas as turfeiras ficam com a coroa. Estimativas da quantidade de carbono armazenado nas turfeiras da Inglaterra variam de 3 a mais de 16 bilhões de toneladas de carbono! 

Espécie em destaque

Conheça a borboleta cauda-de-andorinha, um inseto deslumbrante que vive, embora por pouco tempo, nas turfeiras da Inglaterra. Quando essas pequeninas são meras lagartas, têm uma maneira peculiar de se proteger dos predadores: inflam um órgão laranja atrás de suas cabeças chamado osmeterium, exalando um odor de abacaxi que alerta os comedores de lagartas a ficarem longe! 

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Bem-vindo(a) às turfeiras de Ruogerai Plateau! 

Essas terras dominadas por juncos armazenam grandes quantidades de água e a fornecem para outras áreas rio abaixo. Elas também nutrem espécies raras e ameaçadas de extinção do Himalaia, incluindo a grande gaivota-de-cabeça-preta, a maior gaivota do mundo! 

Passado e Presente

A História mostra que nossas ações podem ter impactos ambientais que duram centenas de anos. Há 5.000 anos, quando a pastagem de gado foi introduzida na região, as turfeiras mudaram e se tornaram mais vulneráveis à erosão. Isso gerou um padrão de sobrepastoreio na terra que permanece até hoje. Na verdade, a área de turfa degradada quase dobrou nos últimos 40 anos. 

Espécie em destaque

Esse adorável e raro animal é chamado plateua pika. Plateau pode ser minúsculo, mas seu papel neste habitat é enorme – ajuda a reciclar nutrientes no solo, fornecendo comida a predadores como raposas, fuinhas, falcões, doninhas asiáticas, águias da montanha e corujas. Atualmente, restam apenas cerca de 1.000 pikas na natureza. 

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Bem-vindo(a) ao Pântano de Agusan! 

Essa turfeira faz parte de uma área protegida nas Filipinas com mais de 14.000 hectares. O Pântano de Agusan abriga cerca de 1.332 espécies de pássaros, 112 espécies de samambaias e plantas e 65 espécies de borboletas. 

Turismo Responsável 

O ecoturismo pode ser ótimo, mas é capaz de interferir em ecossistemas delicados, como o Pântano de Agusan, caso não seja realizado de maneira responsável. Veja como você pode aproveitar as áreas naturais de forma que as beneficie - e não as prejudique. 

Fato interessante

Se o Pântano de Agusan parece familiar, pode ser por conta do Livro dos Recordes – Guiness Book of World Records. O pântano abriga um sujeito famoso chamado “Lolong”, um crocodilo de 6,17 metros de comprimento! 

PRÓXIMO

Bem-vindo(a) ao Parque Nacional Słowiński! 

Esse ecossistema de turfeiras ao longo da costa báltica da Polônia foi historicamente degradado pela drenagem e pela exploração de turfa. Entretanto, esforços estão sendo feitos para restaurar sua capacidade de armazenar carbono e regular os níveis de água. 

Você sabia? 

Há mais de 260 espécies de pássaros que prosperam aqui no Parque Nacional Słowiński, tornando-o um centro de diversidade e, é claro, de observação de pássaros! 

Passado e Presente

Às vezes, os esforços de conservação podem receber o apoio total das comunidades vizinhas, mas ainda assim serem dificultados por ações do passado. É o caso do Parque Nacional Słowiński, onde valas de drenagem do século XIX ainda permitem que a água escoe para o Mar Báltico, secando as turfeiras e deixando-as mais suscetíveis aos incêndios.

PRÓXIMO

Bem-vindo(a) às Planícies da Baía de Hudson! 

Um dos maiores complexos de turfeitas do mundo está localizado em Ontário e Manitoba. 

Hotel Hudson

As Planícies da Baía de Hudson funcionam como um hotel para pássaros migratórios como o trilho amarelo e o ganso-das-neves. Essas e outras espécies fazem uma parada para descansar nestas planícies durante sua rota de migração e, claro, aproveitar um café-da-manhã continental de graça! 

Quente e Frio 

No clima frio do Canadá, o aquecimento global pode danificar as turfeiras de duas formas diferentes: ressecando as que se encontram molhadas e derretendo as que estão congeladas. Com isso, elas ficam mais vulneráveis aos incêndios extremos, que destroem as turfeiras e liberam todo o carbono armazenado por elas. 

PRÓXIMO

Bem-vindo(a) ao ecossistema de turfeiras da Suécia! 

A Suécia é rica em turfeiras – elas constituem cerca de 15% de sua área total. Infelizmente, foram historicamente drenadas para a produção de madeira. Graças aos esforços feitos pelo governo sueco, a drenagem é muito menos comum hoje do que nas décadas anteriores. 

Morto e Vivo 

O Parque Nacional de Store Mosse possui uma farta mistura de arbustos e juncos mortos e vivos. Isso inclui espécies como o musgo Sphagnum e o dente-de-leão Eriophorum vaginatum, uma planta florida que se parece com uma bola de algodão. A vegetação morta é o que essencialmente forma a turfa, abrindo caminho para um novo ecossistema repleto de vida. Apesar de toda a matéria morta, as turfeiras são muito boas para nutrir a vida! 

PRÓXIMO

Bem-vindo(a) à Península Mitre! 

Essa terra, localizada na parte mais ocidental da Ilha Grande da Terra do Fogo, é o reservatório de carbono mais importante da Argentina, armazenando 315 milhões de toneladas métricas de carbono – mais do que três anos de emissões de todo o país. 

Tompkins Conservation

Você sabia? 

Embora todos os ecossistemas de turfeiras compartilhem características semelhantes, nem todos os tipos de turfa absorvem a mesma quantidade de carbono. Astelia pumila, importante na Península Mitre, é como a campeã mundial de esponja: ela absorve mais de quatro vezes a quantidade de carbono que outras espécies. 

Tompkins Conservation

Uma Introdução perigosa 

Nem todos os animais selvagens na Península Mitre são benéficos! Cavalos e gado foram deixados na península por fazendeiros que antes usavam a terra, fazendo com que seu peso potente esmagasse as delicadas turfas. Além disso, os castores, que não são nativos da América do Sul, constroem barragens que desviam a água de seu curso natural, ocasionando a seca das turfeiras. 

Tompkins Conservation

Aula de história

Essas turfeiras começaram a se formar há 18.000 anos, durante a Era Glacial! Como você pode imaginar, a lenta taxa de crescimento das turfeiras significa que, uma vez alteradas, demoram muito para se recuperar. Essa é uma das razões pelas quais sua conservação deve ser priorizada. 

Tompkins Conservation

Povo das turfeiras

A Península Mitre já foi habitada por caçadores-coletores, mais tarde conhecidos como Haush ou Manekenk. Atualmente, ao visitar a península, é possível encontrar pontas de flechas ou outros vestígios dessa cultura que foi essencialmente dizimada pela colonização. 

Tompkins Conservation

Aproveitando a oportunidade

Ao contrário de turfeiras em diversos lugares do mundo, as da Península Mitre ainda existem em um estado bem conservado e não fragmentado, indicando que ainda há tempo de protegê-la e de garantir sua conservação a longo prazo. Organizações de base têm trabalhado para proteger a península há mais de 17 anos. Uma delas é a Rewilding Argentina, parceira estratégica da Tompkins Conservation, cujo trabalho no projeto começou em 2018. Por meio delas, a Tompkins Conservation está trabalhando para que a Península Mitre e suas águas circundantes se tornem um parque provincial cercado por uma zona marinha protegida, assim como um novo destino para o ecoturismo e um estímulo para o desenvolvimento local na ponta do continente sulamericano. 

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Tompkins Conservation